sábado, 6 de março de 2010

Viver a Vida.






Seguindo a linha de dissertações com o tema"televisão", é hora de falar da atual novela das 8 da Globo, Viver a Vida. Que tem como foco mostrar a realidade dos deficientes no Brasil.

O problema da novela é justo aí: falta realidade em Viver a Vida.

NINGUÉM TRABALHA!

- Os médicos e o arquiteto ficam o dia todo tomando cafézinho ou transando.
- A maior parte das mulheres fica o dia todo malhando, pensado na morte da bezerra ou traindo o marido.
- Quando alguém trabalha, é com alguma profissão que não tem nada a ver com a realidade do brasileiro, como "modelo", "dona de estúdio erótico" ou "fotografo".
- Até as empregadas tem vida mansa: nunca levam um esporro do patrão e ainda ficam paradinhas ali do lado da mesa dando pitacos sobre a vida família.

Outra forçasão de barra é a divisão total entre "personagem do bem" e "personagem do mal". Isso é bem nítido em núcleos como o do escritório de arquitetura. A personagem Paixão (Priscila Sol) sempre chega com idéias como "vamos construir com material reciclado" ou "vamos doar todo dinheiro pra caridade", enquanto a maligna Suzana (Carolina Chalita) diz coisas como "Vamos derrubar a casa daquele bando de favelado só por diversão" ou "vamos construir uma fábrica de sabão em pó bem no meio do rio desses pescadores". Os personagens do bem geralmente são vistos distribuindo flores e doando dinheiro, enquanto os malignos matam criancinhas, jantam com o Diabo e bebem sangue humano. Tem até aquela músiquinha de vilão quando eles aparecem...

Mas a questão mais intrigante de todas é:
AS COISAS QUE A CARTOMANTE DIZ REALMENTE ACONTECEM!

Vlw Globo!


(Na foto, Barbara Paz, a atriz mais gata da Globo)